domingo, 3 de julho de 2016

Cicloturismo ou ciclopasseio

Andar e usar uma bicicleta condiciona a sua esolha. Tento ser objectivo e ter bem claro nos conceitos que vão orientar as minhas opções. A experiencia, a pesquisa na internet, a leitura de livros, o convivio com outros ciclistas e os gostos pessoais, formatam as orientações pessoais.

Ultimanente tenho lido alguns livros franceses publicados nos anos 70. No titulo a palavra chave é cyclotourisme. Descobri que o pai do cicloturismo foi Paul de Vivie mais conhecido por Vélocio.

Confrontado com estas informações comecei por intorrogar-me que tipo de ciclismo é que eu pratico? Considero que não faço cicloturismo, pois percorro distancias menores que 100 km e a minha media anda em torno dos 15 km/h. As minhas bicicletas são todas com quadros e aço e modelos de estrada com mais de 20 anos.

Quando saio de bicicleta para dar uma volta sigo alguns dos conselhos de Velocio:
1 - Paragens rapidas e curtas, para não arrefecer;
2- Refeições ligeiras e frequentes: comer antes de ter fome e beber antes de ter sede;
3- Nunca atinguir os limites. A fadiga provoca falta de apetite e insónia;
4- Agasalhar-se antes de ter frio e destapar-se antes de ter calor, não ter receio de expor a epiderme ao sol, ao ar e a agua.
5- Suprimir da alimentação, pelo menos durante a viagem, o vinho, a carne e o tabaco.
6- Nunca forçar, manter-se dentro dos seus limites, principalmente durante as primeiras horas. Resistir a tentação provocada pelo excesso de energia;
7- Nunca pedalar por amor proprio.

Nas minhas saidas geralmente aos domingos de manhã, passam por mim as bicicletas de estrada e carbono a e as bicicletas btt e/ou trekking bike. Fazem muitos mais quilometros, em menos tempo e com poucas paragens (julgo eu). O cicloturismo usa bicicletas recentes, percorre grandes distancias a uma media horaria de 20 km/h em estrada ou trilhos fora de estrada.

Conclusão, será que eu pratico ciclopasseio?



Apresentação e introdução ao Roda o Pedal

Nos meus tempos de juventude não havia internet nem telemoveis a televisão era rainha. Havia muitas motorizadas a circular alguns automoveis e bicicletas. Nesse tempo as bicicletas eram obrigadas a ter uma matricula e o condutor uma licença de condução de velocipedes.

Na minha infancia anos 60, passei 5 anos em França e lá as bicicletas tinham um desviador e 5 ou 10 velocidades e muitas usavam alforges, para carregarem as compras. A minha primeira bicicleta e França tive antes dos 8 anos era verde e tinha uma roda livre. A segunda penso que uma roda 20 era branca de roda livre ja foi comprada em Portugal e acompanhou-me durante a escola primaria. Quando fui para o ciclo preparatório e deixei a escola primaria tive de me deslocar para mais longe de casa cerca de 5 km pela estrada N 107. O meu pai na altura isto em 1974 antes do 25 de abril resolveu dar-me uma bicicleta para ir a escola.  Fiquei um pouco desiludido pois não tinha nada a ver com as bicicletas francesas. Eu queria era uma de corrida com guarda lamas como as francesas.

Hoje sei que essa bicicleta para ir a escola é uma inglesa da marca Triumph com cubo Sturmey Archer de 3 velocidades, roda 26. Naquela epoca chegamos a ser um grupo de 3 ou 4 ciclistas que nos juntavamos para ir a escola pela N107. Atualmente com o volume de trafico nesta via isso seria muito arriscado para jovens adolescentes.

Nos anos 80 encostei a bicicleta, pois os estudos passaram a ser no Porto e ia de camioneta no inicio e depois passei a ir de motorizada na epoca e que a Casal era rainha. Depois tirei a carta de carro e a Triumph ficou encostada a enferrejar...

Continuei a viver e a cerca de 10 anos o eu ex-cunhado ofereceu-me uma pasteleira quadro Confersil Modelo Sport com cubo Sturmey Archer de 3 velocidades, roda 26. Começei por lhe dar uma limpeza aos cromados com palha de aço e polish. Os guarda lamas traziam escorridos de tinta cinza metalizado que consegui tirar com um raspador (ainda ficou um escorrido pois tive receio de arrancar a tinta). Esta Confersil ganhou outro aspecto. Levei-a para Aguim  no concelho de Anadia, onde passo as minha ferias e lá começei a dar umas voltas pelas redondezas. Naquela zona o pavimento das estradas é em asfalto, há pouco o transito fora das estradas nacionais, devido a fraca densidade populacional.

Entretanto recentemente isto a cerca de um ano, no OLX vi uma bicicleta francesa daquelas que eu gostaria de ter. Hesitei olhei bem para as fotos, mandei sms ao vendedor depois email e nada de resposta. (Vim a descobrir mais tarde que é isto é o que fazem os curiosos, e depois não compram nada...) O anuncio desapareceu eu pensei prontos ja foi vendida... Não nada disso apenas tinha expirado o tempo do anuncio. Lá encontrei o novo anuncio e liguei ao vendedor semi profissional pois ele trouxe-me a bicicleta quando veio ao Porto. A maquina tinha algumas esmurradelas e os pneus em fraco estado... Depois desta vieram outras...

O inicio desta historia ja vai longo e para não contar tudo de uma vez só estes e outros pormenores das minhas bicicletas ficam para contar mais tarde...