sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Redondezas verso randonneur

Linguistica não é o meu ponto forte. Randonneuse é uma palavra francofona usada no ciclismo para qualificar um tipo de bicicleta.

Uma randonneuse muitas vezes é confundida com a bicicleta tipo demi couse (meia corrida). No meu entender uma demi course é uma bicicleta tipo corrida com guarda lamas, grupo de iluminação, pedaleira dupla.




Uma randonneuse é uma demi course que em vez de ter uma pedaleira dupla tem uma pedaleira tripla. Isto permite a uma randonneuse ser mais flexivel em termos de percurso acidentado e permite percorrer maiores distancias.  O uso de porta bagagem traseiro com alforges e porta bagagem frontal permitem o transporte de algumas ferramentas e acessorios de substituição em caso de avaria e uma merenda para recuperar animo e energia. Muitas possuem 2 porta bidões para levar agua ou chá.

A esta bicicleta randonneuse faltam, os guada lamas, o grupo de iluminação, o porta bagagem traseiro


Por isso as randonneuses eram muito usadas em cicloturismo. Estas bicicletas são muito versateis para percorrer as redondezas em agradaveis passeios e em total autonomia.

Um cicloturista que percorre as redondezas será um randonneur?


domingo, 25 de setembro de 2016

Ida a Santo Tirso com a Levezinha

A Levezinha nasceu de um quadro marca Mercier comprado no Ebay. A razão da compra foi o tamanho 51 cm e ser construido com 3 tubos Reynolds 531. O eixo pedaleiro e  caixa de direcção Shimano.





A primeira ida a Santo Tirso por Covelas foi feita numa Peugeot anos 80 modelo PL 50 com pedaleira dupla quadro tubos Peugeot 103. Foi um ato heroico pois a subida a saida de Covelas foi um ato de coragem. Parei na berma, fui a sacoche e comi uma laranja. Na estrada um plotão de ciclistas montaddos em maquinas de carbono faziam a subida co ligeireza. Como sou teimoso retomei o caminho, passei o empreendimento abandonado do Lar Do Emigrante e finalmente atingi o topo da subida. Passado o cume começou a descida em direcção a discoteca Pedra do Couto. A extensão e inclinação do caminho começaram a deixar-me preocupado pois no regresso esta descida seria uma subida. O regresso por Santa Cristina foi penoso fiz uma pausa perto do Centro de Abate de Veiculos Automoveis para animar comi a segunda laranja. Retomei a subida, mas a meio tive de pegar na Peugeot a mão para recuperar o folgo e com presistencia cheguei ao cimo. Depois foi sempre a descer rumo a Covelas. O resto do percurso foi facil depois de vencida a subida de Outeiró na Rua Carvoeiras.

Voltando ao quadro da Levezinha, como ja tinha componentes Shimano, pensei que uma pedaleira tripla e mudanças Shimano ficariam bem. Apareceu uma oportunidade de comprar uma pedaleira tripla 28-38-48 que permite vencer subidas.



Outra situação era a ausencia de porta bagagens para levar merenda e estojo de ferramentas basicas Comprei no ebay um alforge de guiador e um porta bagagem frontal. Uma campainha tambem faz jeito quando se anda na estrada.




O resultado final foi uma bicicleta leve e agil.


Reunido o equipamento agora era experimentar a maquina no mesmo percurso e ver se aposta valeu a pena. Uma ferramenta que eu uso é o smartphone e a app Bike Computer. Este programinha monitoriza o percurso e permite guardar os dados, para comparar e analisar mais tarde.


Hoje domingo cerca das 8h parti rumo a Santo Tirso com algum  nevoeiro





Chegado a Covelas senti-me fresco a saída desta localidade começa a subida rumo ao abandonado Lar do Emigrante. Pedaleira pequena e pinhão grande ataco a subida com suavidade rodando os querenques e pedais. Bafarido passo pelo local onde comi a primeita laranja e continuo, mas mais a frente tenho de fazer uma breve paragem para recuperar o folgo e beber um golo de agua. Continuo ja recuperado e sempre a rodar a pedaleira pequena finalmente chego ao cume com surpresa. Desta vez a subida pareceu mais curta. Desço com velocidade moderada em direcção a Santa Cristina, passo pelo aterro sanitario. No pensamento lembro-me que na volta vou ter de subir esta longa descida.

Sem stress chego a Santo Tirso. Primeira tarefa comer uma Jesuita para recuperar o açucar perdido. Depois a pausa habitual neste Jardim.









Visita aos sanitarios publico situados por baixo do coreto do jardim. Um pormenor tive  de deixar por breves instantes a bicicleta abandonada. Um aloquete ou pequeno cadeado de segurança será mais um acessório a levar.

Partida de Santo Tirso e regresso a casa. Começo a subir Santa Cristina em direcçaõ ao Aterro sanitario de Santo Tirso, pedaleira pequena pinhão grande as pernas aguentam o primeiro impacto passo em frenta a Discoteca Pedra do Couto é meio da manhã ainda anda gente e carros de frequentadores deste espaço. Ja a saida desta localidade passo em frente ao Centro de Abate de Veiculos Automoveis e não necessito de parar. Mais a frente  a respiração acelera pois as pedaledas são ligeiras e rapidas tenho de fazer uma breve paragem para recuperar o folgo e beber. Rapidamente retomo a subida e chego ao cume. A sensação é que desta vez a subida foi mais curta. Desço em direcção a Covelas. A sída desta localidade espera-me o ultimo desafio a subida de Outeiró na Rua Carvoeiras. Mão firmes no guiador peso na ponta do selim as pernas começam a sentir o desnivel, ja falta pouco o coração e os pulmões aguentam. Finalmente ultrapassei o obstaculo. Agora rumo a casa sem sobre saltos. 

Valeu a pena a Mercier é mesmo Levezinha e faz bem as subidas. Os 48 dentes da pedaleira nas descidas não acrescentam muita velocidade. Em compensação os 28 dentes da pedaleira pequena são uma ajuda importante para vencer subidas. O quadro em aço e tubos reynolds 531 é relativamente leve atendendo que levo algum peso de ferramentas e meranda. Foi ua viagem facil de fazer em comparacão a feita com a Peugeot PL 50 que é mais pesada e so com pedaleira dupla.

Para os mais curiosos podem consultar o percurso da ida


O percurso de volta


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Passeio até Luso e Buçaco

Domingo a tarde céu encoberto e temperatura amena foram motivos de sair para um passeio de bicicleta até ao Luso.



Bolsinha do guiador com 2 garrafas de agua cada uma com meio litro um croissam e um doce de maçã mais uma tangerina. Um estojo com ferramentas mais uma bolsinha de iogutes com camara de ar, remendos de furos, mais um estojo de ferramentas da Mafac...



Partida de Aguim cerca das 15h demorei 36 min a chegar ao Luso. Percorri 11,38 km a uma média de 18,96 km/h. Estas informações foram fornecidas pela aplicaçao Bikecomputer usada no meu smartphone.  A bicicleta uma Peugeot PX 8 da decada de 80, pelo tipo de farol redondo penso que seja do ano de 1982.

O percurso foi feito saida do largo da capela - Aguim, passagem por Grada em direcção a Mealhada, zona de vinhas e casas dispersas e pouco transito. A entrada na EN 234 em direcção ao Luso é feita com prudencia pois o trafico é mais intenso a estrada é larga e bom piso atravessa uma ampla zona florestal. Na localidade de Lameira de S. Pedro aparece a primeira subida a serio. Temi não ter pernas para a subida pois uma bicicleta a volta dos 15 kg com uma pedaleira dupla 40/50 e cinco carretos penso que 15 - 24 isto se a memoria não me falha. Vencida a subida consolidei a confiança de chegar ao destino sem grandes dificuldades. Antes de entrar no desvio da EN 234 em direcção ao centro do Luso parei nos semaforos junto ao Cesteiro e bebi mais um golo de água. Quando arranquei no verde na ligeira subida apareceram os primeiros paralelos a travessar a rua assinalando uma passadeira para peões. Passado o Grande Hotel do Luso avistamos o Jardim do Luso.  Final da etapa em frente a Capela de S. João Evangelista para um abastecimento de agua na fonte de S. João.





Terminada a pausa e avaliada a condição fisica, voltei novamente a estrada com intensão de explorar o caminho em direcção ao parque de campismo do Luso. 



A placa indicativa do Buçaco alterou os meus planos decidi aceitar o desafio de subir até o Palace Hotel do Buçaco. Se não tivesse forças era só virar no sentido contrario e descer. Sem ideia da distancia entre o Jardim do Luso e o Palace Hotel do Buçaco iniciei a escalada. Não tive de pagar para entrar no recinto murado da mata do Buçaco pois os peões e os ciclistas não pagam entrada. As ruas da mata tem piso em paralelo polido o que reduz a trepidação da bicicleta. Cruzo com algumas pessoas em grupo. Uns estrangeiros incitam-me a continuar a subir, oiço o comentario de uns protugueses olham para a arca da bicicleta e dizem é uma Peugeot deve ser um estrangeiro.  Sim sou mesmo um estranho ciclista no meio de tantos automobilistas visitantes num domingo a tarde de Verão. Felizmente a sombra da mata facilitou a escalada. 





Breve paragem no Vale dos Fetos



Retomei a estrada com mais dois goles de agua natural engarrafade de nascente S. João em direcção ao Palace Hotel do Buçaco. Passagem pelo primeiro parque de estacionamento anuncia a chegada ao destino. Uma sensação boa de ter vencido e atingido o objectivo.




Consultei os dados do Bikecomputer e demorei 15 minutos distancia 2,96 km a uma media de11,56 km. Afinal estava mais perto do que eu pensava e não me intimidei com a subida. Como dizem os comandos a sorte protege os audazes... O regresso foi se historia e sempre a descer...





domingo, 3 de julho de 2016

Cicloturismo ou ciclopasseio

Andar e usar uma bicicleta condiciona a sua esolha. Tento ser objectivo e ter bem claro nos conceitos que vão orientar as minhas opções. A experiencia, a pesquisa na internet, a leitura de livros, o convivio com outros ciclistas e os gostos pessoais, formatam as orientações pessoais.

Ultimanente tenho lido alguns livros franceses publicados nos anos 70. No titulo a palavra chave é cyclotourisme. Descobri que o pai do cicloturismo foi Paul de Vivie mais conhecido por Vélocio.

Confrontado com estas informações comecei por intorrogar-me que tipo de ciclismo é que eu pratico? Considero que não faço cicloturismo, pois percorro distancias menores que 100 km e a minha media anda em torno dos 15 km/h. As minhas bicicletas são todas com quadros e aço e modelos de estrada com mais de 20 anos.

Quando saio de bicicleta para dar uma volta sigo alguns dos conselhos de Velocio:
1 - Paragens rapidas e curtas, para não arrefecer;
2- Refeições ligeiras e frequentes: comer antes de ter fome e beber antes de ter sede;
3- Nunca atinguir os limites. A fadiga provoca falta de apetite e insónia;
4- Agasalhar-se antes de ter frio e destapar-se antes de ter calor, não ter receio de expor a epiderme ao sol, ao ar e a agua.
5- Suprimir da alimentação, pelo menos durante a viagem, o vinho, a carne e o tabaco.
6- Nunca forçar, manter-se dentro dos seus limites, principalmente durante as primeiras horas. Resistir a tentação provocada pelo excesso de energia;
7- Nunca pedalar por amor proprio.

Nas minhas saidas geralmente aos domingos de manhã, passam por mim as bicicletas de estrada e carbono a e as bicicletas btt e/ou trekking bike. Fazem muitos mais quilometros, em menos tempo e com poucas paragens (julgo eu). O cicloturismo usa bicicletas recentes, percorre grandes distancias a uma media horaria de 20 km/h em estrada ou trilhos fora de estrada.

Conclusão, será que eu pratico ciclopasseio?



Apresentação e introdução ao Roda o Pedal

Nos meus tempos de juventude não havia internet nem telemoveis a televisão era rainha. Havia muitas motorizadas a circular alguns automoveis e bicicletas. Nesse tempo as bicicletas eram obrigadas a ter uma matricula e o condutor uma licença de condução de velocipedes.

Na minha infancia anos 60, passei 5 anos em França e lá as bicicletas tinham um desviador e 5 ou 10 velocidades e muitas usavam alforges, para carregarem as compras. A minha primeira bicicleta e França tive antes dos 8 anos era verde e tinha uma roda livre. A segunda penso que uma roda 20 era branca de roda livre ja foi comprada em Portugal e acompanhou-me durante a escola primaria. Quando fui para o ciclo preparatório e deixei a escola primaria tive de me deslocar para mais longe de casa cerca de 5 km pela estrada N 107. O meu pai na altura isto em 1974 antes do 25 de abril resolveu dar-me uma bicicleta para ir a escola.  Fiquei um pouco desiludido pois não tinha nada a ver com as bicicletas francesas. Eu queria era uma de corrida com guarda lamas como as francesas.

Hoje sei que essa bicicleta para ir a escola é uma inglesa da marca Triumph com cubo Sturmey Archer de 3 velocidades, roda 26. Naquela epoca chegamos a ser um grupo de 3 ou 4 ciclistas que nos juntavamos para ir a escola pela N107. Atualmente com o volume de trafico nesta via isso seria muito arriscado para jovens adolescentes.

Nos anos 80 encostei a bicicleta, pois os estudos passaram a ser no Porto e ia de camioneta no inicio e depois passei a ir de motorizada na epoca e que a Casal era rainha. Depois tirei a carta de carro e a Triumph ficou encostada a enferrejar...

Continuei a viver e a cerca de 10 anos o eu ex-cunhado ofereceu-me uma pasteleira quadro Confersil Modelo Sport com cubo Sturmey Archer de 3 velocidades, roda 26. Começei por lhe dar uma limpeza aos cromados com palha de aço e polish. Os guarda lamas traziam escorridos de tinta cinza metalizado que consegui tirar com um raspador (ainda ficou um escorrido pois tive receio de arrancar a tinta). Esta Confersil ganhou outro aspecto. Levei-a para Aguim  no concelho de Anadia, onde passo as minha ferias e lá começei a dar umas voltas pelas redondezas. Naquela zona o pavimento das estradas é em asfalto, há pouco o transito fora das estradas nacionais, devido a fraca densidade populacional.

Entretanto recentemente isto a cerca de um ano, no OLX vi uma bicicleta francesa daquelas que eu gostaria de ter. Hesitei olhei bem para as fotos, mandei sms ao vendedor depois email e nada de resposta. (Vim a descobrir mais tarde que é isto é o que fazem os curiosos, e depois não compram nada...) O anuncio desapareceu eu pensei prontos ja foi vendida... Não nada disso apenas tinha expirado o tempo do anuncio. Lá encontrei o novo anuncio e liguei ao vendedor semi profissional pois ele trouxe-me a bicicleta quando veio ao Porto. A maquina tinha algumas esmurradelas e os pneus em fraco estado... Depois desta vieram outras...

O inicio desta historia ja vai longo e para não contar tudo de uma vez só estes e outros pormenores das minhas bicicletas ficam para contar mais tarde...